HISTÓRIA | Os Médicos da Peste Negra


Figuras assustadoras, os "Médicos da Peste" eram médicos especiais dedicados no tratamento de vítimas da peste bubônica.

A Peste Negra é um capítulo marcante da história medieval europeia. Na segunda metade do século 14, a Peste foi responsável por eliminar cerca de 1/3 da população da Europa, fato que contribui para a Crise da Baixa Idade Média.

Na época, existiam médicos dedicados ao cuidado de doentes vítimas da Peste, esses profissionais eram conhecidos como “Médicos da Peste”.

Ilustração de um Médico da Peste em 1656.

Os “Médicos da Peste” eram profissionais contratados por cidades que viveram epidemias da doença e facilmente identificados por sua estranha e sinistra indumentária. Utilizavam chapéus, capas, luvas e instrumentos longos para evitar ao máximo o contato com os doentes.

A máscara que usavam era geralmente preta e possuía um bico causando grande semelhança com a cabeça de uma ave. No interior desse bico era colocada uma composição de perfumes e ervas que ajudariam a evitar os miasmas. Acreditava-se que a peste se espalhava pelo ar através de uma “nuvem tóxica” (miasma).

Máscara do Médico da Peste do século 17.

O casaco de couro preto estava preso à máscara por meio de um capuz de forma a não deixar a pele do médico exposta. O conjunto era formado por luvas, botas e calça que estavam tudo bem encerado para evitar que o médico tivesse qualquer tipo de contato com a doença.

Esses médicos tinham como métodos o uso da sangria assim como outros remédios. Colocavam sanguessugas nos bubões para “reequilibrar os humores”. Porém seus métodos não eram tão eficientes em seus resultados. Para evitar a propagação de doenças, os “Médicos da Peste” não interagiam com a população em geral e podiam ficar até em quarentena.

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