Person Of Interest
“Person Of Interest”
é uma série dramática do canal CBS que mostra a cruzada de dois homens na
tentativa heróica de fazer a diferença na vida de pessoas consideradas
insignificantes para o governo. Harold Finch (Michael Emerson) é um bilionário,
gênio da informática e criador de uma máquina capaz de identificar pessoas
ligadas a futuros crimes violentos. Para executar seus planos, Finch contrata
John Reese (Jim Caviezel), um ex-militar e agente da CIA dado como morto.
Juntos, Finch e Reese formam a clássica dupla “cérebro e músculos”
respectivamente e lutam para impedir crimes em Nova York.
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| Harold Finch (Michael Emerson) |
Nos episódios vemos Reese
atuando como uma espécie de justiceiro tentando impedir os crimes e salvar as
pessoas indicadas pela máquina. No entanto as ações de Reese chamam a atenção
da detetive Joss Carter (Taraji. P. Henson) que tenta prendê-lo a todo custo. A
identidade de John Reese torna-se um grande mistério para Carter durante a
série tanto que Reese fica conhecido apenas como “homem de terno”.
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| John Reese (Jim Caviezel) |
A fim de realizar
seus objetivos, John Reese “contrata” o detetive Lionel Fusco (Kevin Chapman),
um policial corrupto, mas que poderá ser o informante ideal que Reese almeja. Afinal
de contas, Reese atua acima da lei e precisa de informações do submundo do
crime em alguns casos.
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| Joss Carter (Taraji P. Henson) |
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| Lionel Fusco (Kevin Chapman) |
Harold Finch utiliza
de toda a tecnologia disponível para seguir os passos das pessoas apontadas
pela máquina. Câmeras de vigilância de ruas e do interior de prédios, escutas
telefônicas e acesso a celulares e computadores alheios. Ninguém fica imune a
vigilância da máquina de Finch. Durante a série, a máquina é, às vezes, mencionada
numa aura “sobrenatural”, como um “deus” que vigia a todos e pronto para
condenar aquele que mostra conduta suspeita.
A primeira vista, a
premissa de “Person Of Interest” lembra o filme “Minority Report” (2002), onde crimes
podiam ser previstos e impedidos previamente. No entanto a semelhança para por
aí. A série criada por Jonathan Nolan – roteirista de “Batman: O Cavaleiro das
Trevas” – e produzida por J. J. Abrams (Lost) cria questões que envolvem desde invasão
de privacidade a política de combate ao terrorismo.
“Person Of Interest”
é uma série que evidencia o contexto contemporâneo dos Estados Unidos pós 11 de
setembro de 2001. Além do mais, foi o atentado terrorista que motivou Finch e um
amigo a criarem a máquina e vendê-la ao governo americano. Mas a que preço
Finch busca salvar a vida das pessoas apontadas pela máquina? Justificam-se as
invasões de privacidade, hackeando celulares, notebooks de pessoas comuns e
arquivos secretos do governo? Tais questões não são ficcionais lembrando que o
governo Bush agiu de forma semelhante após os atentados terroristas de 2001. O
presidente George W. Bush assinou a “lei antiterrorismo” que permitia ao
governo monitorar mensagens pela internet de pessoas suspeitas em busca de
qualquer vestígio de atividade terrorista.
A relação entre os
personagens é envolta numa aura de desconfiança. Nem mesmo entre Reese e Finch
existe um laço verdadeiro. Esse aspecto nos mostra uma atmosfera de paranóia e
desconfiança que se instaurou nos Estados Unidos após os atentados terroristas
contra as Torres Gêmeas em 2001. Qualquer um passa a ser suspeito merecendo ter
seus passos vigiados.
A série também aborda
o excesso de vigilância pela qual o homem comum está exposto nos dias de hoje. Tal
vigilância não revela o clima de desconfiança que vivemos nos dias de hoje?
As câmeras estão em todos os lugares, dentro e fora de casa. Vivemos numa
espécie de “Big Brother”, onde somos vigiados e não temos noção disso. “Person
Of Interest” não lida com essas questões de forma tão direta, mas mostra como o
uso de informações sigilosas e a invasão de privacidade poderia acontecer ou,
quem sabe, como está acontecendo.
O primeiro episódio
de “Person Of Interest” foi exibido em 22 de setembro de 2011 e teve seu
“season finale” exibido no dia 17 de maio de 2012. Nos 23 episódios dessa
temporada, acompanhamos a cada semana um caso diferente e por incrível que
pareça, a série não se tornou cansativa.
A máquina
desenvolvida por Finch capaz de prevê crimes violentos tem uma falha: apesar de
identificar pessoas envolvidas ao crime através do número do CPF, a máquina não
diz se a pessoa identificada é a vítima, a causadora ou apenas uma testemunha.
Mas esse problema da máquina é responsável pelas reviravoltas no enredo dos
episódios, pois por mais previsível que possa parecer a situação, tudo pode
mudar rendendo surpresas de tirar o fôlego e aumentar o interesse pela série.
A segunda temporada
de “Person Of Interest” foi confirmada, ou seja, teremos mais episódios tensos,
cheios de ação e mistérios, então se você ainda não assistiu a série, corra e
assista. Você nunca mais olhará uma câmera de vigilância como antes.
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