DOCUMENTÁRIO PROCURA REGISTRAR O QUE ACONTECEU COM OS ATORES DE "CIDADE DE DEUS" APÓS 10 ANOS.



Cidade de Deus” se tornou o principal marco do cinema brasileiro na década passada. Além do feito inédito de conseguir quatro indicações ao Oscar, incluindo melhor diretor para Fernando Meirelles (“Ensaio sobre a Cegueira”), o longa de 2002 conquistou a crítica especializada mundo afora e foi apontado como melhor filme da década pela conceituada revista Paste. Agora, um documentário assinado pelos cineastas Cavi Borges (da série “Essa História Dava um Filme”) e Luciano Vidigal (“5x Favela – Agora por Nós Mesmos”) propõe uma investigação sobre o paradeiro dos atores que integraram o elenco da produção.

Segundo o portal G1, os autores do documentário “Cidade de Deus – 10 Anos Depois” ainda buscam patrocínio para finalizá-lo. O objetivo é terminar a obra até o início de outubro, a tempo de apresentar o filme no próximo Festival do Rio, que acontece entre os dias 27 de setembro e 11 de outubro deste ano. Os realizadores também procuram apoio para levar a produção para o Festival de Cannes de 2013, além de exibi-la em outros eventos cinematográficos ao redor do mundo. Vidigal, morador do subúrbio carioca, contribuiu com o filme de 2002 na escalação dos atores, a maioria oriunda das comunidades carentes da cidade e sem experiência profissional.

O documentário vai atrás de pelo menos 30 desses atores e mostra os desafios de muitos deles para seguirem na carreira artística. Outros, como Alice Braga (do ainda inédito “Na Estrada”) e Seu Jorge (“A Vida Marinha com Steve Zissou”), conseguiram emplacar carreiras internacionais e continuam se dedicando ao cinema e a outras expressões artísticas. Segundo Vidigal, apenas alguns integrantes do elenco desapareceram ou entraram para o tráfico de drogas. Com o resgate dessas histórias, os cineastas querem também analisar se a imagem estereotipada das favelas em grandes produções como “Cidade de Deus” ou “Tropa de Elite” contribui para melhorar a vida dos moradores dessas comunidades.

Texto de Túlio Moreira
FONTE: cinemacomrapadura.com.br

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