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Adeus, URSS - História Viva

Adeus, URSS - História Viva Há praticamente 20 anos atrás, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) chegava ao fim. No dia 25 de dezembro de 1991, a bandeira da URSS deixava de tremular no mastro principal do Kremlin. Para além das abordagens tradicionais, o artigo de Diogo Carvalho publicado na revista História Viva traz uma análise dos últimos momentos da URSS pelas lentes dos cineastas russos como Georgi Daneliya e Nikita Mikhalkhov. Vale a pena conferir esse texto para percebermos quanto rica é a relação entre o cinema e a história.

Pocahontas

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Um dos maiores clássicos Disney e a primeira animação do estúdio a abordar fatos históricos, apesar de baseado nas histórias e mitos sobre a vida de Pocahontas. Ainda que seja uma versão romanceada e no estilo de histórias “Disney”, Pocahontas tem o mérito de ir além das histórias ficcionais que serviam de base para os filmes produzidos pelo estúdio e se propôs a abordar o primeiro contato entre europeus e nativos norte-americanos. Pocahontas é uma belíssima animação que possibilita um debate sobre a colonização do Novo Mundo. Muito mais do que conhecer a história do filme, é importante também conhecer as circunstâncias que levaram a produção de Pocahontas . O filme foi pensado para ser um grande épico musical, já que Mike Gabriel, diretor do filme, pensara em produzir uma versão de “Romeu e Julieta” e viu na história de Pocahontas e John Smith terreno fértil para o desenvolvimento de uma grande história.

Os Três Mosqueteiros

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Os Três Mosqueteiros , obra de Alexandre Dumas, ganha mais uma versão cinematográfica, dessa vez pelas mãos de Paul W. S. Anderson ( Resident Evil ). Abusando dos efeitos especiais e da tecnologia 3D, as aventuras de D'Artagnan, Porthos, Athos e Aramis são apresentadas a uma nova geração. A publicação História Viva , nesse mês de outubro, preparou um dossiê a respeito da obra de Alexandre Dumas publicada em 1844, em sua matérias discute a relação da história com o romance histórico e aborda o contexto dos personagens reais no século XVII. No site da revista você pode encontrar um indíce sobre as matérias além de uma galeria com a reconstituição das roupas, armas e personagens da época preparadas para o filme. link: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/o_retorno_dos_tres_mosqueteiros.html

Conspiração Americana (The Conspirator)

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Dirigido por Robert Redford, Conspiração Americana (The Conspirator) é baseado em acontecimentos históricos. O filme se enquadra no gênero de “filmes de tribunal” e conta o julgamento de Mary Surratt (Robin Wright), dona de uma pensão e mãe de um dos homens que ajudou a matar o presidente Abraham Lincoln. Mary Surratt é acusada de ter dado abrigo ao grupo de conspiradores e dessa forma é acusada de cumplicidade e deve ter o mesmo destino dos outros acusados: a morte. Para defendê-la é convocado o advogado Frederick Aiken (James McAvoy), soldado da União. No entanto ainda parece ser tempos de guerra e Aiken sofre as conseqüências de ter que defender uma sulista.

Roma

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Inaugurando os textos sobre as séries de TV com conteúdo histórico, começamos com Roma , série exibida pelo canal HBO, que teve duas temporadas exibidas entre 28 de agosto de 2005 e 25 de março de 2007. A série contextualiza o período final da república romana, partindo da vitória de Júlio César na Gália, em 52 a.C., até a chegada ao poder de Otávio Augusto, em 17 a.C., inaugurando o Império Romano. Roma foi produzida pela BBC do Reino Unido, pela HBO dos Estados Unidos e pela RAI da Itália, a série foi filmada na própria Itália, nos estúdios da Cinecittà, onde foram construídos um dos maiores sets do mundo, os quais representavam o Fórum, o Senado, o Templo de Júpiter e os cortiços de Roma.

Capitão América: O Primeiro Vingador

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ATENÇÃO: esse texto contém SPOILERS!!! Que hoje sabemos que o cinema hollywoodiano é um grande palco para a divulgação da cultura e dos valores norte-americanos isso não é novidade. De vez em quando surgem filmes em que seu único propósito é propagandear o poderio bélico, econômico e político dos Estados Unidos ligados a um forte sentimento patriótico. NÃO! Esse tipo de filme não enquadra Capitão América: O Primeiro Vingador , no entanto o contexto histórico no qual o filme é inserido e o papel do herói nele levantam uma ótima oportunidade para se discutir a propaganda dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial no eixo das mentalidades. Dirigido por Joe Johnston, Capitão América: O Primeiro Vingador mostra a origem do herói na década de 1940, mais precisamente em 1941 quando os Estados Unidos entra na Segunda Guerra Mundial.

Encontrarás Dragões

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Dirigido por Roland Joffé ( A Missão ), Encontrarás Dragões conta a história do jornalista Robert Torres (Dougray Scott) que está tentando entrar em contato com seu pai, Manolo (Wes Bentley), que participou da Guerra Civil Espanhola. O jornalista que procura recolher material para escrever o seu novo livro sobre Josemaría Escrivá de Balaguer (Charlie Cox) descobre em suas investigações que seu pai era amigo de infância do religioso. Enquanto Josemaría seguiu sua vocação religiosa, Manolo tornou-se soldado. Ao focar os primeiros anos vocacionais da trajetória de Josemaría Escrivá, Encontrarás Dragões mostra uma representação da Espanha da década de 30. Mostrando o contexto da proclamação da segunda república espanhola e da subsequente Guerra Civil, período onde o clero católico sofre uma dura perseguição.

Alexandria

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Alexandria , filme de Alejandro Amenábar foi lançado quase que despercebidamente no Brasil em Blu-ray e DVD, com dois anos de atraso, pois não foi lançado nos cinemas originalmente. Pouco conhecido, este filme tem como personagem principal a filósofa, matemática e astrônoma Hipátia, filha de Theon, o último diretor conhecido da Biblioteca de Alexandria. O filme além de traçar a trajetória de Hipátia nos mostra o contexto histórico da ilustre cidade egípcia que vivia momentos conturbados com as diferenças religiosas entre cristãos e pagãos. O filme prima pela sua qualidade narrativa de imagens, focando as idéias de Hipátia a respeito das órbitas planetárias, os conflitos entre pagãos e cristãos, buscando passar uma mensagem de união esquecida pela humanidade.

O Patriota

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Quando Rolland Emmerich não tenta destruir o mundo em filme como Independence Day , O Dia Depois de Amanhã e 2012 ele tenta em recriar épicos históricos como em 10.000 A.C. e O Patriota . Apesar de alguns percalços, Emmerich consegue ser mais feliz “destruindo o mundo”. Apelando de todos os clichês possíveis, o diretor alemão, junto com o astro Mel Gibson, conta a história do ex-herói de guerra Benjamin Martin, que apesar de ter renunciado lutar novamente, não vê outra saída a não ser se armar e lutar contra os britânicos que ameaçam a vida de sua família. Tudo isso no contexto da guerra de independência dos Estados Unidos em 1776.

A Rainha Margot

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O filme A Rainha Margot é baseado na obra homônima de Alexandre Dumas publicado pela primeira vez em 1845. Essa obra literária possui um forte teor histórico, apesar de Dumas ter inserido doses de romantismo e aventura no texto, este que serviu de base ao roteiro do filme dirigido por Patrice Chéreau em 1994. Neste filme, o casamento entre a católica Margot (ou Marguerite) de Valois e o protestante Henrique de Navarra poderia acalmar as disputas religiosas, mas a união acabou servindo de pretexto para o massacre de protestantes conhecido como “a noite de São Bartolomeu”.

Fúria de Titãs

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Filmes sobre a mitologia grega existem aos montes na história do cinema. Alguns interessantes e outros nem tanto. Recentemente alguns filmes procuram reviver esse gênero de filme no cinema através de 300 ou Peter Jackson e o Ladrão de Raios . Outro filme que narra os feitos épicos de grandes heróis da mitologia grega é Fúria de Titãs (2009) de Louis Leterrier. Essa versão é uma refilmagem do original de 1961 que conta a história de Perseu, filho de Zeus. Abusando de efeitos visuais, o filme explora o fantástico das histórias mitológicas onde deuses e mortais chegam a se equivaler em seus defeitos e qualidades.

Elizabeth - A Era de Ouro

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Sei que tenho o corpo de uma mulher fraca e frágil; mas tenho também o coração e o estômago de um rei – e de um rei da Inglaterra!. Rainha Elizabeth I Trata-se da continuação do filme Elizabeth de 1998. Em Elizabeth – A Era de Ouro , Shekar Khapur retorna ao período onde a Inglaterra era governada pela rainha Elizabeth I, filha de Henrique VIII com Ana Bolena, Cate Blanchet retorna ao papel da rainha. O filme dá destaque ao conflito entre Inglaterra e a Espanha culminando com a batalha naval que levou a Invencível Armada espanhola a derrota. A “Era de Ouro” que dá subtítulo ao filme refere-se ao período em que Elizabeth I foi rainha da Inglaterra entre 1559, ano da sua coroação, até 1603, quando morreu. Esta era foi marcada pela ascensão da Inglaterra.

Zona Verde

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Zona Verde (2010), de Paul Greengrass nos coloca num dos episódios da história recente: a invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003. No filme, o capitão Roy Miller (Matt Damon) faz parte de um grupo de soldados destinados a encontrar as armas químicas de destruição em massa de Saddam Hussein, armas que serviram de pretexto para que o presidente George W. Bush justificasse a invasão. Mas logo o capitão Miller percebe que tais armas não existem e dessa forma decide, por si só, descobrir a verdade por trás disso tudo. Greengrass no seu estilo documental de filmar, nos mostra as primeiras semanas da presença norte-americana na cidade de Bagdá. O trabalho de 10 anos sobre cobertura de conflitos globais para o canal inglês ITV deixa o diretor de Zona Verde mais a vontade nesse filme. Ele consegue recriar uma Bagdá arrasada após os bombardeios norte-americanos que começaram no dia 20 de março de 2003. Recria na tela a aflição do povo iraquiano que sofre com as consequências do ataqu

A Jovem Rainha Vitória

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“Ele é extremamente bonito; seu cabelo tem a mesma cor que o meu; seus olhos são grandes e azuis, e ele tem um lindo nariz e uma boca muito doce com belos dentes; mas o charme de seu semblante é a sua expressão, a mais deleitável" Rainha Vitória sobre o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota Por séculos o casamento entre as casas reais européias seguia uma lógica de perpetuação de poder entre as famílias e também obedecia ao jogo político da época. Vários príncipes e princesas tiveram seus destinos traçados em razão das necessidades de seus reinos. Os casamentos eram verdadeiros acordos políticos onde o amor era um luxo, pois não se levava em consideração o desejo dos noivos. No entanto, na história, há um casamento entre casas reais onde o amor foi determinante para a união do casal. Falamos do casamento entre Alexandrina Vitória, rainha da Inglaterra, com seu primo-irmão, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota. Mas também o casamento entre os dois não escapava dos interesses

Flyboys

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É notório que a grande produção cinematográfica, em filmes de guerra, quase sempre aborda eventos da Segunda Guerra Mundial. Baseado em fatos reais ou tendo seus eventos como pano de fundo para ficções, o conflito que marcou o mundo de 1939 a 1945 enche não somente prateleiras de filmes, mas também inúmeros livros, séries de TV, vídeos-game e outras mídias que exploram o conflito. Por isso que às vezes deve se olhar com atenção aos filmes que tem como contexto a Primeira Guerra Mundial. Nesse texto quero me ater aos filmes que contaram um episodio em particular da Grande Guerra: a história da Esquadrilha Lafayette, o esquadrão aéreo formado por voluntários americanos em 1916.

As Torres Gêmeas

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Os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que vitimaram milhares de pessoas em solo americano, tornaram-se um marco na história recente. Sentimentos de solidariedade, ameaça, medo, solidão, vingança e revanchismo não tardaram a aparecer nas telas do cinema em filmes como Soldado Anônimo , Reine Sobre Mim e Guerra ao Terror por exemplo. E no que se refere aos atentados as torres gêmeas do World Trade Center o primeiro filme surge cinco anos após a tragédia pela batuta do diretor Oliver Stone em As Torres Gêmeas . O filme não surpreende em ser baseado em fatos reais. Conta a história de dois policiais, John McLoughlin e Will Jimeno, que ficaram soterrados nos escombros de uma das torres e buscam no apoio mútuo a força para manterem-se vivos.

Cruzada

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Ridley Scott é um diretor que gosta de ver a história no cinema. Antes de se aventurar sobre a época dos cavaleiros das cruzadas ele já havia nos levado à Roma dos gladiadores. O filme Cruzada nos apresenta uma versão dos acontecimentos entre a segunda e a terceira cruzada, mostrando o equilíbrio de forças entre o rei de Jerusalém, Balduíno IV, e o sultão Saladino. Misturando personagens reais e ficcionais, Ridley Scott constrói um grande épico sobre as cruzadas jamais visto no cinema. As cruzadas foram expedições militares onde sua origem e motivos são interessantes de colocarmos aqui. Quando em 1095, o papa Urbano II, no Concílio de Clermont, convoca os cristãos para combater os infiéis na Terra Santa, o santo padre, em parte, atendia ao pedido do imperador bizantino Aleixo Comneno que sentia-se ameaçado com a expansão turca. Essa expansão também ameaçava a segurança dos fiéis que peregrinavam rumo a Terra Santa. Dessa forma Urbano II convoca uma ofensiva contra o Islã, onde os c

O Discurso do Rei

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Cinebiografias são sempre complicadas. Para alguns estudiosos esse tipo de filme mitifica a vida daquele que é retratado, distorcendo ou omitindo fatos. O caso mais recente trata-se do filme O Discurso do Rei que conta a história da amizade entre o rei George VI (Colin Firth) e seu terapeuta Lionel Logue (Geoffrey Rush) num momento muito crucial para a Inglaterra: a Segunda Guerra Mundial. Alguns críticos apontam que o filme de Tom Hooper omite fatos que diz respeito a George VI, que este era simpatizante do nazismo ou até mesmo anti-semita. Albert Frederick Arthur George tornou-se George VI quando seu irmão, Eduardo VIII, renunciou ao trono inglês para viver junto com a norte-americana Wallis Simpson. George VI então viu-se responsável por conduzir a Inglaterra contra a Alemanha de Hitler na Segunda Guerra Mundial. O filme de Tom Hooper concentra-se na dificuldade que o rei tinha para falar em público, pois era gago. Junto ao seu terapauta Lionel Logue, o rei procura superar seu pr

A Múmia

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Folheando um livro didático destinado ao 6º ano do ensino fundamental uma coisa me chamou a atenção, na unidade referente às civilizações da África e do Oriente as ilustrações usadas na apresentação do conteúdo eram imagens de filmes. No caso do Egito Antigo a imagem utilizada era do filme O Retorno da Múmia (2001). As imagens eram usadas em tom desafiador. O texto referente a essas imagens questionava o aluno se ele sabia de quais filmes as imagens se relacionavam. A dica para relacionar a imagem do filme O Retorno da Múmia ao Egito Antigo era a seguinte: "Um se passa em um país conhecido por construções como pirâmides e esfinge". Refletindo sobre a situação exposta acima é incrível percebemos o quanto pouco sabemos sobre as antigas civilizações da África e do Oriente, pelo menos no que tange ao conteúdo exposto nos currículos escolares. Acabamos criando um imaginário apartir de algo bem elementar que nos é sugestionado como as pirâmides por exemplo, sendo que a pirâmide

O Código Da Vinci

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O que torna interessante a análise do filme O Código Da Vinci , no que proponho aqui no blog, relaciona-se ao que tornou o livro escrito por Dan Brown um best-seller mundial: os fatos históricos apresentados, mas precisamente relacionados a Jesus Cristo. Acredito que todos se lembram quando o livro foi lançado e a polêmica causada – logo um filme baseado na obra não tardaria. Vamos aqui nos ater em algumas das questões históricas que a trama aborda e que foram utilizadas no enredo do filme. Em O Código Da Vinci , filme dirigido por Ron Howard, o professor de simbologia Robert Langdon (Tom Hanks) acaba envolvido num misterioso assassinato ocorrido no Museu do Louvre em Paris, onde a vítima era a guardiã do mais bem guardado segredo que poderia mudar a história da humanidade, segredo este que poderia acabar com o poder da Igreja Católica. A partir daí, Robert Langdon, junto com a criptógrafa francesa Sophie Neveu, vive uma aventura frenética, rodeada de suspense seguindo pistas deixada

Cinema como recurso didático nas aulas de história.

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Nesse perspectiva, ensinar é estabelecer relações interativas que possilitem ao educando elaborar representações pessoais sobre os conhecimentos, os objetos de ensino e da apredizagem. O ensino se articula em torno doa alunos e dos conhecimentos e a aprendizagem depende desse conjunto de interações. Selva Guimarães Fonseca. Didática e Prática de ensino de História. Imaginemos a seguinte situação: uma aula de história para uma turma do 7º ano do ensino fundamental. Conteúdo da aula: Descobrimento da América. Após o professor apresentar o assunto, apoiado pelo livro didático, o docente sugere aos seus alunos que assistam em casa o filme 1492: A Conquista do Paraíso , de Ridley Scott. Alguns alunos atenderão ao pedido do professor e irão assistir ao filme. A partir da situação acima, que voltaremos a discutir, podemos analisar uma das relações existentes entre o Cinema e a História: o uso do filme no ensino de História. Nesse texto pretendo abordar essa relação para que possamos perce

Biografia de Tolstoi nas telas

Leon Tolstoi foi um dos grandes nomes da literatura russa do século XIX. O autor dos clássicos Guerra e Paz e Anna Karenina , cujos textos desafiam as ideias da igreja e do governo, terminou a vida como um pacifista, pregando a vida simples e próxima a natureza. A história dos últimos anos de vida do escritor é o tema do filme A Última Estação . A produção retrata o momento em que o romancista russo abriu mão do seu título de nobreza, de suas propriedades e de sua família, para tornar-se um homem pobre, vegetariano e celibatário.

Maria Antonieta

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"Não cuidais nem de vossos deveres de esposa, nem de vossos deveres de rainha" Imperador José, a respeito de sua irmã, Maria Antonieta. Provavelmente esse foi o espírito que Sofia Copolla quis captar no seu filme sobre Maria Antonieta: uma rainha que não se comportou como uma rainha. Afinal de contas, a austríaca Maria Antonieta não foi preparada para ser uma soberana. Perdida no luxo e nas rígidas etiquetas da corte francesa ela procurou viver num mundo particular, onde nem mesmo escândalos e intrigas pareciam incomodá-la. Não é a toa como Sofia Copolla conduz o seu filme, a escolha musical nos apresenta uma rainha de espírito adolescente - aquele AllStar nos meios dos sapatos da rainha não é gratuito. Uma soberana que não assumiu a responsabilidade do cargo que exercia e dessa forma ficava bem distante do seu povo. Seguramente, Maria Antonieta começou a amadurecer quando tornou-se mãe.